
Outros com certeza irão destacar o aspecto político e como Madiba conduziu a nação Sul Africana a um momento de união pós APARTHEID.
A quem dê destaque a interpretação de Morgan Freeman, Matt Damon que dispensam comentários assim como a direção sóbria do grande Clint Eastwood.
A meu ver, e isso é apenas uma opinião de uma pessoa comum, que gosta de filmes. O filme vai além disso, apesar de ser tudo isso.
Na minha simples opinião o filme trata sobre perdão, mas perdão de verdade desses que só um ser humano iluminado tem a humildade de conceder.
Imaginem amigos uma pessoa que passa 30 anos de sua vida encarcerado numa cela de 1,5 m x 1,5m, diariamente sendo espancado, humilhado, mal alimentado, obrigado a trabalhos forçados, e porque isso? Por se negro, por ser líder, por acreditar em mudança. E depois de todo esse tempo de sofrimento, após tudo isso não guardar nenhum ressentimento, se torna Presidente e promover a paz, igualdade e o perdão.
Poucos seriam capazes de tal feito. Abaixo o poema que inspirou Mandela durante o tempo na Prisão. Poema de William Ernest Henley (1849-1903). Escrito em 1875 e publicado pela primeira vez em 1888 (mesmo ano da assinatura da lei áurea.)
INVICTUS
De dentro da noite que me cobre,
Negra como a cova, de ponta a ponta,
Eu agradeço a quaisquer deuses que sejam,
Pela minha alma inconquistável.
Na cruel garra da situação,
Não estremeci, nem gritei em voz alta.
Sob a pancada do acaso,
Minha cabeça está ensangüentada, mas não curvada.
Além deste lugar de ira e lágrimas
Avulta-se apenas o Horror das sombras.
E apesar da ameaça dos anos,
Encontra-me, e me encontrará destemido.
Não importa quão estreito o portal,
Quão carregada de punições a lista,
Sou o mestre do meu destino:
Sou o capitão da minha alma.
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